sexta-feira, 15 de julho de 2011
Eco (Not) Lovers
Reciclagem é daquelas coisas muito bonitas e amigas do ambiente, que até cheguei a ensinar às crianças quando andava a dar aulas em estágio. Por isso, quando soube que havia separação do lixo aqui ao pé de casa a ideia agradou-me, mas quando comecei a perceber a confusão e a picuinhice que é separar o lixo neste país... Honestamente, comecei a mudar de ideias.
Pois que estes senhores não se limitam a fazer a separação normalzinha entre vidro, papel e plástico/embalagens do lixo doméstico. Separa-se metal (latas por exemplo), plástico duro, plástico mole (sim, leram bem), vidro, pilhas, cartão (caixas e afins), papel, lâmpadas e por aí fora (ainda não os aprendi todos, por que é que será). "Mas, que bem, que evoluídos" é o que vocês já devem de estar aí a pensar e sim, também foi o que eu pensei ao início. O problema senhores é que quando não se sabe para onde vai alguma coisa em concreto não se pode pôr junto com o que nós costumamos chamar de lixo doméstico. Não! E isto porque esse lixo aqui é considerado lixo orgânico e é suposto ir para uma máquina, ser triturado e transformado em adubo.
Isto na teoria é muito bonito, mas vamos ver como é na prática:
1-Acabamos por ter 10 sacos diferentes para lixo e sempre que se quer deitar alguma coisa fora é um martírio encontrar o saco certo.
2-A ideia do lixo orgânico é muito bonita, mas não se pode pôr o saco para dentro da tal máquina, tem de se esvaziar, o que é MUITO nojento, especialmente porque somos só dois e não produzimos assim tanto lixo orgânico de uma vez, ou seja, quando vamos deitar o lixo fora já há aquela mistela líquida no fundo do saco que cheira mal como tudo. Mais nojo!
3-E o que raio é que é suposto fazer com coisas que não sei onde pôr? Cotonetes por exemplo. São de plástico, mas têm algodão. Papel de alumínio. Com as latas? Mas não é exactamente metal... E a lista continua e aumenta de dia para dia.
Com tudo isto, já ando a ver onde é o caixote do "tudo à mistura" mais próximo que isto assim não dá.
Não me levem a mal, continuamos a separar papel e vidro e embalagens e até as latas. Mas tanta separação dá cabo de uma pessoa e não há sacos nem espaço na cozinha para isso tudo.
E agora podem atirar as pedras, mas tentem primeiro imaginar o que é ter 10 caixotes em casa em vez de quatro e depois conversamos, sim?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário