sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lamezia e o diabo a sete ou eu vou tão arder no inferno

Vocês já sabem que eu adoro, venero, amo de paixão...italianos (ou então se calhar não).
Pois que estamos em Lamezia, que fica lá na ponta da botinha, e estou eu a tentar explicar aos bixinhos (só para não lhes chamar monstros, que eu não sei o que é que esta gente toma quando voa, mas é forte de certeza) que não se pode levar a casa atrás com eles para o avião e que esta mala e aquela não vão caber nem que as espremam muito bem espremidas e começa uma senhora a barafustar e argumentar em italiano. Muito educadamente, respondo-lhe em inglês que não falo italiano e a criatura faz-me um ar muito ofendido como se eu tivesse obrigação de falar a língua dela, cala-se e resolve ignorar-me.
Fez um ar de tão mete nojo que não resisti em dizer-lhe com uma calma e paciência extremas: "Português? Español? Français? English? Well just choose!" e a seguir fiz o ar mais arrogante possível.
Ficou tão mas tão pequenina que não se atreveu a abrir mais a boca nem a olhar-me nos olhos.
Temos pena, mas mereceu.
Raio de mania que toda a gente tem de falar italiano. Se ainda fosse um idioma bastante falado ou eles fossem organizados e fofinhos. Mas não são, por isso tenham lá santa paciência, mas eu não tenho paciência de santa.
Cheira-me que, se existir um inferno, eu vou lá parar de certeza. Mas soube bem.
Não se pode ter tudo.
Paciência.

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