sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ele há com cada um...

Estava eu, descansadinha da vida, sentada na cafetaria do aeroporto de Madrid a ocupar uma mesa com 4 lugares (são todas duas mesas juntas com quatro cadeiras e sim, esta informação é relevante), a ouvir música e a jogar solitaire no iPod.
Já lá estava há umas boas duas horas a matar tempo quando eis que um casal começa a mexer nas cadeiras do outro lado, o que me levou ao pensamento do "que mal-educados, nem sabem pedir primeiro".
Mas não pessoas, eles não se limitaram a mexer ou a levar as cadeiras. Abancaram com todo o seu esplendor, mesmo a minha frente sem um "Olá!", "Bom dia!", "Boa tarde!", "Boa noite!", nem se quer um "Com licença!", quanto mais um "Dá licença?".
E sim, havia mesas livres. Não muitas e talvez não tão limpas, mas havia!
Até o meu mau feitio ficou sem reacção com tamanho desplante.
E como se já não bastasse alaparem os seus reais rabos nas cadeiras à minha frente, ainda começaram a sacar de bolachas e garrafas de água e a pô-las em cima da mesa, como se aquilo fosse tudo deles.
Bem feito teria sido eu, com uma lata descomunal e muito naturalmente, servir-me de uma bolacha sem dizer nada. Mas não, bambi que sou, fiquei quietinha a rogar-lhes pragas e a fulminá-los com os olhos.
Por um momento, ainda ponderei se seriam mudos, mas trocaram umas palavras de espanhol entre eles, por isso, ficou a desculpa sem efeito.
Uns minutos depois a mesa mesmo ao nosso lado ficou vazia e eu ainda olhei para eles, depois para a mesa, para eles novamente e para a mesa outra vez e assim por diante, a ver se as criaturas se tocavam e passavam para a mesa do lado.
Mas é claro que nem se mexeram.
A menina (besta), começou a preparar-se para dormir na cadeira e eu, já não tão bambi, comecei a pôr em prática o plano B. E não, esse plano não era o "se não podes vencê-los, junta-te a eles", mas sim o "se eles não te ligam nenhuma e fingem que não existes, toca a irritá-los de maneira discreta" (bambi, bambi, bambi! Mas, ao menos, fiz alguma coisa).
Olhei para as unhas e achei que era uma excelente ideia mudar o verniz. Toca de sacar o frasquinho removedor e, hum... que cheirinho a acetona. E toca a demorar, que eu até tenho tempo, e a tirar o verniz como deve de ser e até mais do que o necessário, e as unhas já não têm verniz nenhum, mas passa mais uma vez (S. - 1, Bestas - 0).
A seguir, como é óbvio, foi a altura de pôr verniz. Mais um cheiro encantador. Mais uma lentidão de renome. Ele foi pôr a base primeiro, qual preguiça em hibernação, ele foi pintar uma unha e olhar bem para ela, pintar a próxima e ver se não escapou nada... até estarem os dez dedinhos com o maravilhoso particuliére. E a seguir, como é óbvio, toca de repetir a dose que duas camadas é que é. E cheiro a verniz é tão bom (S. - 2, Bestas - 0).
Acabadas as unhas, e como ainda faltavam umas boas horas, toca de voltar a ouvir música. Mas, desta vez, a marcar o ritmo com o pezinho a bater na mesa, da forma mais irritante possível. Toc, toc, toc, toc, toc, toc, ... (S. - 3, Bestas - 0)
Quando me fartei da música e do solitário, passei para o meu livro. E toca de continuar a bater com o pé na mesa, qual pessoa com tique nervoso ou qual livro mais empolgante ao ponto de me deixar super ansiosa pelo desfecho. Toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc, ... (S - 4, Bestas - 0).
Quando dei por eles, estavam deitados nas cadeiras e já a uma boa distância da mesa (digam todos em coro comigo: "ohhhhhhhh...").
Depois lá foram a vidinha deles, tão mudos como quando chegaram. E pude voltar à minha quietude e a acalmar a mean girl que há em mim.
Vitória, vitória... e acabou-se a história.

PS - Espero do fundinho do meu coração que os bixos se tenham perdido no aeroporto, no meio das lojas de duty free e tenham acabado por perder o vôo. Humpf.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E cá estou

Em Lisboa.
Tenho o 91, por isso quem quiser contactar esteja a vontade.
E agora vou começar a correr de um lado para o outro com as coisas que tenho para fazer.
Licença.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Porque...

...porque é Dia dos Namorados
...porque antes de ser dos namorados é o nosso dia
...porque já lá vão 11 meses
...porque passaram a correr
...porque gosto de ti
...porque me fazes feliz

 
Ps - A esta hora estou em Londres, mas volto já a correr para ti.

Happy Valentine's Day




Para os que têm namorado(a), para os casados, para os divorciados, para os que estão noivos, para os que "é complicado", para os que estão numa relação aberta, mas, e especialmente, para os solteiros.

Feliz Dia do Amor.

Feliz Dia de São Valentim.

11 =)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Faltou o quase...

Tínhamos casa quase garantida e já andava eu toda entusiasmada, para ontem recebermos uma mensagem a dizer que afinal não, que não vai dar.
A culpa não é de ninguém, mas fiquei desanimada...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Devo ser bruxa e não sei

Tocou o telemóvel.
Vou só ali à Alemanha e já volto.
Com licença, sim?
O piqueno chegou a casa são e salvo, nada mais nada menos que... às 9h da manhã. Giro, giro é que devia ter aterrado antes das 17h da tarde do dia anterior.
Minudências.
O que importa é que já está em casa e a dormir que nem uma pedra (mas daquelas fofinhas), na sua inocência, sem saber o que o espera.
Sim, porque ficar das 19h até quase as 3h da manhã sem dizer nada e comigo já a vasculhar acidentes aéreos no google não é coisa para não ter consequências e o rolo da massa já está ali a jeito. E ele que pensava que era para fazer pizzas e coisas do género. Tão ingénuo, pobrecito.
Mas, já que está em casa, e enquanto não acorda, vou ali aninhar-me para o quentinho e ver se não me chamam para voar.
Ora então, até já.

Só pode ser castigo!

Queixo-me eu da neve e a maldita resolve fazer com que o meu homem me fique encalhado e sem poder aterrar.
Mimimimimi...
Assim não brinco.
Deixem-me lá o homem voltar para casa para eu poder dormir descansada, que isto assim não dá com nada.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Isto não se faz...

Anda uma pessoa a sonhar com a Primavera, a bater palminhas porque a neve está a derreter, a dar pulinhos de alegria por já se ver alguma relva a dar um ar de sua graça... E hoje começa-me a nevar como se não houvesse amanhã.
Começou há coisa de uma hora e pouco, de mansinho, assim como quem não quer a coisa, e agora já está a armar-se aos cucos e a nevar como gente grande.
Vou mas é ver um filme para acalmar os nervos.
E vento? Já disse que está um vento desgraçado?
Pindérica* de sorte!

*Só para não ser mal-educada e não lhe chamar outra coisa também começada por P.

Wedding Bells

 
Não, não sou eu, mas sim a Bella quem vai casar!
Estou muito feliz por ela, mas começo a sentir-me velha. A data ainda não está definida e consta que vai ser em 2012 e já há ideias para o vestido.
Não tarda começa a piadinha do "e quando é que é a tua vez?", que vai ter a resposta mental de "e meterem-se na vossa vidinha, não?", seguida de um sorriso amarelo e um muito vago "não é para já" (tão, tão, mas tão bambi que eu sou).

Posto isto... estou contente!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Momento alto do dia

Estar a passar pela cabine a recolher lixo e um senhor com um bebé de poucos meses ao colo... estender-me o miúdo.
Claro está que deu em gargalhadas.
Estou bem disposta e estou de folga!
Que bem que sabe.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De volta às leituras




Acabei de o ler hoje e cheira-me que os poucos livros presentes aqui não vão durar muito. Especialmente tendo em conta a quantidade de dias que espero passar em casa na próxima semana.
Digamos que não desgostei, mas também não morri de amores nem o voltava a ler. É um livro interessante, sim, mas o senhor José Rodrigues dos Santos alongou-se um pouco demasiado nas explicações científicas, económicas e políticas. Não deixa de ser um livro interessante.
É a minha opinião e vale o que vale, ou seja, nada.

E agora caminha que se faz tarde.
Sim, ainda não são 21h aqui, mas amanha acordo antes das 4h, por isso pessoas... adeusinho e boa noite.

É oficial!

Ontem espalhei-me ao comprido!
Ia toda pimpolha a sair de casa e mal ponho o pé fora do primeiro degrau... ai ai ai ai... braços a rodarem, qual equilibrista de circo... e catrapumba de rabo no chão. Fui a deslizar e só parei quando bati no carro, com toda a gente lá dentro à minha espera a ficar com aquele ar de espanto escarrapachado na cara, tudo de olhos esbugalhados.
Posto isto, mais tenho a informar que me dói a nádega direita e relembrar a quem lhe apetecer fazer piadinhas que muito em breve estarei em Lisboa e que me responsabilizo por eventuais danos, mas sem peninha ou remorsos alguns.
Por isso ponham-se a pau e pensem muito bem no amor que têm à vossa vidinha antes de comentarem.
Agora tenho que ir tratar do meu real traseiro. Com licença.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cor-de-rosa

E eu que odeio esta cor, traidora dos meus instintos me confesso... Ao apaixonar-me por este vestido das propostas da Elsa Barreto para o dia de São Valentim.





Nada a fazer.
Também sempre disse que não gostava de olhos claros e cá estamos há já quase 11 meses - a fazer precisamente no dia de São Valentim..

Posto isto, a vida é feita de contrariedades e contradições e continuo a abominar o cor-de-rosa.

A neve já está a derreter...

...e blá blá blá e pardais ao ninho. Mas ontem já me ia espalhando no meio da rua outra vez.
Vida a minha! O que vale é que às 5h da manhã não há ninguém na rua para ver as minhas habilidades de equilibrista para não me estatelar no meio do chão.
Valha-nos isso!

PS-Este não foi agendado. Eu é que ontem adormeci tão cedo que hoje às 8h já estava acordada por vontade própria e sem sono nenhum.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Acabado (finalmente) o livro do A., voltamos ao ritmo normal de leituras.



E eles que pareciam tantos ali na estante... Agora parecem tão poucos...

Mitos aéreos II – Assistente de bordo = super-modelo

Não, as assistentes de bordo não são “todas-boas-comó-milho-papava-te-toda-és-toda-gira”.
 Sim, que há as muito giras, como em todo o lado, mas não abundam especialmente por estas bandas só por causa da profissão.
Há as normais a atirar para o giro (provavelmente a maioria).
Há as normais a atirar para o feiote (também são mais do que as que se pensa).
E também há as mais feiinhas, que não são assim tão poucas como se pensa.
Verdade seja dita, a maquilhagem (que somos obrigadas a usar) também ajuda e muito. Vá, nuns ajuda mais do que noutros, até porque não há milagres nem aulas durante o curso.
E para quem pensa que somos todas magrinhas e bem-feitinhas, que se desengane porque, ao fim de algum tempo a voar, a tendência é precisamente para engordar e não emagrecer. Mas claro que há casos e casos.
Por isso, meus senhores, deixem lá os fetiches e deixem-nos trabalhar à vontadinha que sem olhares rebarbados passo eu muito bem.
Vai um cafezinho?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A neve está a derreter



Cheiro a Primavera?
Esperemos que sim.

Hoje é o dia



Não posso ser só eu a ter o estranho hábito de acumular roupa num sítio do quarto. Não sou só eu, não é possível. É um mal feminino em geral que pode ser mais ou menos agudo. No eu caso só pode ser agudíssimo. Se não vejamos. Quando ainda vivia com os papás, a cadeira da secretária era o local de eleição para ir largando a roupa e também onde pousava a mala assim que chegava a casa. Todas temos um sítio onde pousamos a mala assim que entramos em casa, no hall de entrada, em cima da cama, da secretária, ...
Mas voltando à roupa. A minha mãe tinha ataques de histeria e havia dias que preferia nem entrar no meu quarto só para não ver a roupa que se ia acumulando na malfadada cadeira (que, diga-se de passagem, eu muito raramente usei para estudar, até porque acabava sempre com os livros em cima da cama ou na sala).
Quando saí de casa, a coisa mudou. Já não havia a bonita cadeira em pele preta com rodinhas, mas houve sempre outra cadeira, ou uma mesa ou, no momento presente, o sofá.
Confesso que o A. de tempos a tempos me lança um daqueles olhares de "a sério?" e, outras vezes, se sai com um comentário do tipo "como raio é que consegues acumular tanta roupa num só sítio?". Mas as coisas só começam a ficar realmente graves quando não conseguimos usar o sofá na sua totalidade porque há uma pilha de roupa num dos extremos. E se ele é grande, senhores!
E aí pessoas, aí tenho de me render, ganhar coragem, arregaçar as mangas e arrumar tudo no sítio como deve de ser.
Ontem foi o dia em que fui ao closet e vi que tinha apenas um dos meus mil casacos pendurados lá, e muito cabide a ganhar pó.
Hoje é o dia de tirar a pilha do sofá e pôr tudo no sítio.
Coragem minha amiga, muita coragem.
E vamos lá a isto.



Acho que já estou a ouvir lá ao fundo "Maria Constantina, vai arrumar a roupa!!" Eu mereço, eu sei que mereço...
O cabelo já estava a ficar muito claro nas pontas, mazelas dos largos meses dourados (sim, espantem-se, eu já fui loura).
Por isso pintou-se em casa e agora temos qualquer coisa parecida com a cor de cabelo desta menina nesta foto.
Castanho muito escuro.

 

Como é bom voltar à cor natural na sua totalidade.

PS-Foi o A. que pintou. O menino até tem jeito para a coisa. Daqui a uns meses conversamos outra vez.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Experimentou-se...

...o famoso prato do pettit-chef. E ficou mesmo bom.


Prova superada!


"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares